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Um lugar de esperança - Camaçari

terça-feira, 26 de junho de 2012

Um lugar de esperança - Camaçari





De: Júlio CésarJislane OliveiraKaren Paixão
Rayssa Batista e Paulo Gabriel Simões.

Esse jeito objetivo de enxergar a coisas,
Essa pressa para fazê-las.
Um jeito urbanizado, um tanto quanto
[forçado à quem vive aqui.

A fumaça transforma: deixa as pessoas densas.
Somos feitos de muitos: não somos nada.
O polo petroquímico não refina a química humana.

As industrias
As praias do litoral
O crescimento
O ar pesado trazido pelo vento
Fazem parte de quem vive aqui.
O jeito único de cidade grande,
Mas que conserva um "Q' interior.

Camaçari, A cidade
A cidade do polo
Polo petroquímico
Polo de trabalho
Polo de esperança.



Poema feito pelos alunos do IFBA - Campus Camaçari 

Eu, etiqueta - Poema - Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 13 de março de 2012

Eu, etiqueta - Poema - Carlos Drummond de Andrade


Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-lo por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer, principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mar artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.


Neste poema o autor Carlos Drummond de Andrade demonstra que era uma crítico disfarçado, abandona muitos do seus estilos poéticos é faz uma crítica veemente a sociedade de consumo. Eu, etiqueta realmente foi um poema inspirador a combater  um padrão imposto pela mídia de massa. 

Violentamente Pacífico

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sucesso

Rir muito e com freqüência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso.

Se escola fosse estádio e educação fosse Copa, por Jorge Portugal

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Passei, nesses últimos dias, meu olhar pelo noticiário nacional e não dá outra: copa do mundo, construção de estádios, ampliação de aeroportos, modernização dos meios de transportes, um frenesi em torno do tema que domina mentes e corações de dez entre dez brasileiros.



Há semanas, o todo-poderoso do futebol mundial ousou desconfiar de nossa capacidade de entregar o “circo da copa” em tempo hábil para a realização do evento, e deve ter recebido pancada de todos os lados pois, imediatamente, retratou-se e até elogiou publicamente o ritmo das obras.


Fiquei pensando: já imaginaram se um terço desse vigor cívico-esportivo fosse canalizado para melhorar nosso ensino público? É… pois se todo mundo acha que reside aí nossa falha fundamental, nosso pecado social de fundo, que compromete todo o futuro e a própria sustentabilidade de nossa condição de BRIC, por que não um esforço nacional pela educação pública de qualidade igual ao que despendemos para preparar a Copa do Mundo?
E olhe que nem precisaria ser tanto! Lembrei-me, incontinenti, que o educador Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação e hoje senador da República, encaminhou ao Senado dois projetos com o condão de fazer as coisas nessa área ganharem velocidade de lebre: um deles prevê simplesmente a federalização do ensino público, ou seja, nosso ensino básico passaria a ser responsabilidade da União, com professores, coordenadores e corpo administrativo tendo seus planos de carreira e recebendo salários compatíveis com os de funcionários do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. Que tal? Não é valorizar essa classe estratégica ao nosso crescimento o desejo de todos que amamos o Brasil? O projeto está lá… parado, quieto, na gaveta de algum relator.
O outro projeto, do mesmo Cristovam, é uma verdadeira “bomba do bem”. Leiam com atenção: ele, o projeto, prevê que “daqui a sete anos, todos os detentores de cargo público, do vereador ao presidente da República serão obrigados a matricular seus filhos na rede pública de ensino”. E então? Já imaginaram o esforço que deputados (estaduais e federais), senadores e governadores não fariam para melhorar nossas escolas, sabendo que seus filhos, netos, iriam estudar nelas daqui a sete anos? Pois bem, esse projeto está adormecido na gaveta do senador Antônio Carlos Valladares, de Sergipe, seu relator. E não anda. E ninguém sabe dele.
Desafio ao leitor: você é capaz de, daí do seu conforto, concordando com os projetos, pegar o seu computador e passar um e-mail para o senador Valadares (antoniocarlosvaladares@senador.gov.br) pedindo que ele desengavete essa “bomba do bem”? É um ato cívico simples. Pela educação. Porque pela Copa já estamos fazendo muito mais.
Jorge Portugal é educador, poeta e apresentador de TV. Idealizou e apresenta o programa “Tô Sabendo”, da TV Brasil.

Governo deles e para eles



A ganância, o  egoísmo e, principalmente, a impunidade são os motivos que levam pessoas, portadoras da responsabilidade de garantir o bem-estar da sociedade, a fazer o contrário de suas funções: atender o interesse de si mesmos, usando, para isso, sórdidas manobras.
Em 2010, manifestou-se um levante popular com a finalidade de efetivar uma lei cujo objetivo era de impossibilitar a eleição de candidatos evolvidos, no passado, em casos de corrupção. Denominada de “ficha limpa”. Entretanto ela não entrou  em vigor, porque, as que seriam prejudicados são os mesmos que aprovam os políticos. Diante desse fato dica evidente o egoísmo da maioria dos políticos em atender interesses pessoais. Isso é ruim, pois a saúde, a educação a segurança entre outras são negligentemente omitidas e, assim,  impedindo o desenvolvimento social.
A deputada Jaqueline Rodez, mesmo sendo flagrada recebendo propina em uma grande esquema de corrupção no Brasil, o mensalão, estava convicta de sua absolvição ; foi o que ocorreu. Esse caso só é mais um de um imensa lista. Tais casos são ruins, porque as pessoas diante da impunidade podem fica incrédulas com mudanças e não se preocupam em lutar para reverter esse, quadro.
Deixando de investir em benefícios à população e promovendo despreocupação em buscar melhorias a corrupção política e nociva à sociedade.

Júlio Cesar Alves

Vício de Escrever

quarta-feira, 26 de outubro de 2011





Tenho uma novo distúrbio para os médicos pesquisarem: o da redação. Estou acometido por esse. para onde vou, seja no ônibus, seja na escola, até mesmo, dormindo eu vejo tema para redação. Percebi que estava doente quando um " sacizeiro' veio me pedir dinheiro e eu dissertei para ele os sobre os malefícios do uso de entorpecentes. E ele me bateu.








Júlio Cesar Alves